Data: 04-04-2012
Criterio: B1ab(i,iii,iv)
Avaliador: Marcus Alberto Nadruz Coelho
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG: Marcelo
Especialista(s):
Justificativa
Espécie com distribuição restrita (EOO=84,44 km²) e sujeita a menos do que cinco situações de ameaça. Os locais de de ocorrência estão sujeitos a declínio em extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade de habitat, e número de subpopulações.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Pfaffia argyrea Pedersen;
Família: Amaranthaceae
A espécie foi descrita na revisão das Amarantáceas sul-americanas de Pedersen (2000), na obra Bonplandia 10 (1-4), em 2000. Pedersen (2000), apesar de ter examinado somente o material-tipo da espécie, comenta que esta assemelha-se à P. sericantha, diferenciando-se principalmente, pela presença de um longo tufo de tricomas no interior das tépalas, próximo da base, o qual parece impedir alguma afinidade com outras espécies do gênero, como P. acutifolia, P. elata e P. fruticulosa (Marchioretto, 2008).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado de Minas Gerais (Marchioretto et al., 2009; Marchioretto et al, 2012). Representa um endemismo restrito dos campos rupestres da região de Grão-Mongol (Marchioretto, 2008; Zappi, 2009). Foi registrada em altitudes que vão de 720 a 820 m (Marchioretto et al., 2009). A espécie apresenta padrão de distribuição Restrito no Brasil (sensu Marchioretto et al., 2009).
Planta herbácea, terrestre floresce e frutifica entre abril e setembro (Marchioretto, 2008; Zappi, 2009). Foi registrada apenas em Campos Rupestres (Marchioretto, 2008; Marchioretto et al., 2009; Zappi, 2009) de solos arenosos (Pedersen, 2000) dentro do domínio fitogeográfico do Cerrado (Marchioretto et al, 2012).
1.1.4 Livestock
Detalhes
O habitat da espécie, os Campos Rupestres, mesmo localizados principalmente em áreas mais distantes das ações antrópicas, geralmente preservados em parques, reservas ou unidades de conservação, também vêm sofrendo a redução das populações de plantas endêmicas, devido às queimadas frequentes e ao pastoreio intenso. Isto pode ser verificado ao analisar-se os padrões de distribuição e as áreas de ocorrência de Pfaffia argyrea, P. hirtula, P. siqueiriana, P. cipoana e P. rupestris (Marchioretto et al., 2009). Siqueira (2007) afirma que a maioria das espécies de Pfaffia ocorrem nos cerrados, estando fadadas a desaparecer com a progressiva destruição do bioma.
1.7 Fire
Severidade
high
Detalhes
O habitat da espécie, os Campos Rupestres, mesmo localizados principalmente em áreas mais distantes das ações antrópicas, geralmente preservados em parques, reservas ou unidades de conservação, também vêm sofrendo a redução das populações de plantas endêmicas, devido às queimadas frequentes (Marchioretto et al., 2009).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre na região da Serra de Grão Mongol, MG, aonde está situado o Parque Estadual da Serra da Bocaina (Pirani et al., 2003) e o Parque Estadual de Grão Mongol (Biodiversitas, 2005).
5.7 Ex situ conservation actions
Situação: needed
Observações: A espécie não é cultivada em coleções ex situ (Biodiversitas, 2005).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo I da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008).
3.8 Conservation measures
Situação: on going
Observações: Foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
- SIQUEIRA, J.C. O bioma Cerrado e a preservação de grupos taxonômicos: um olhar sobre as Amaranthaceae. Pesquisas, Botânica, v. 58, p. 389-394, 2007.
- MARCHIORETTO, M.S.; MIOTTO, S.T.S.; SIQUEIRA, J.C. Padrões de distribuição geográfica das espécies brasileiras de Pfaffia (Amaranthaceae). Rodriguésia, v. 60, n. 3, p. 667-681, 2009.
- MARIA SALETE MARCHIORETTO. Os gêneros Hebanthe Mart. e Pfaffoa Mart. (Amaranthaceae) no Brasil. Porto Alegre, RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008.
- MARCHIORETTO, M.S. Comunicação pessoal da especialista Maria Salete Marchioretto para o analista de dados Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, 2012.
- ZAPPI, D.C. Flora de Grão-Mongol, Minas Gerais: Amaranthaceae. Boletim Botânica Universidade de São Paulo, v. 27, n. 1, p. 27-32, 2009.
- PEDERSEN, T.M. Studies in South American Amaranthaceae V. Bonplandia, v. 10, p. 83-112, 2000.
- SENNA, L.R.; SIQUEIRA, J.CGIULIETTI, A.M. ET AL. Amaranthaceae. Belo Horizonte: Conservation International, 2009.
- MARCHIORETTO, M.S.; SENNA, L.; SIQUEIRA, J.C. Amaranthaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000042>.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- PIRANI, J. R. ; MELLO-SILVA, R. ; GIULIETTI, A. M. Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais, Boletim de Botânica (USP), v.21, p.1-27, 2003.
- BIODIVERSITAS. Lista da flora brasileira ameaçada de extinção, 2005.
CNCFlora. Pfaffia argyrea in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Pfaffia argyrea
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41